Não existe 'fumante passivo' - "A Química do Fumo Passivo", por Michael J. McFadden

Este artigo foi escrito por Michael J. McFadden, publicado em seu livro “Dissecting Antismokers’ Brains”.



Como visto anteriormente, no capítulo sobre Linguagem, cerca de 90% da fumaça secundária do cigarro é composta por água e ar comum, com um ligeiro excedente de dióxido de carbono. Outros 4% são de monóxido de carbono, um gás que pode ser como um veneno se em devida quantidade, reduzindo a quantia de oxigênio que seus glóbulos vermelhos podem transportar. Os 6% restantes são o que sobrou das 4,000 ou mais substâncias químicas supostamente encontradas na fumaça do cigarro... encontradas, obviamente, em quantidades muito pequenas¹.

A maioria dessas substâncias químicas só podem ser encontradas se forem medidas em nanogramas, picogramas ou femtogramas. Muitas não podem ao menos ser detectadas nessas medidas: suas presenças são simplesmente teorizadas e não mensuradas. Para trazer essas quantidades para uma perspectiva do mundo real, pegue um saleiro e derrame alguns grãos de sal. Um grão desse sal pesará mais ou menos 100 milhões de picogramas²!

Voltando ao exemplo anterior do veneno, um não-fumante terá que trabalhar com um fumante 8 horas por dia, 5 dias por semana, 50 semanas por ano, por mais de cem anos para ser exposto a uma quantidade de veneno igual a um grão de sal. Embora muitas garçonetes e bartenders possam se sentir como se tivessem trabalhado por cem anos, não há muitas pessoas que realmente o tenha.

E, como também foi visto anteriormente, está longe de todas as 4,000 substâncias químicas serem realmente qualificadas como tóxicas, tendo o Relatório do Surgeon General de 1989 apenas advertido que “algumas” o são – sem referência de como ou quais quantidades possam ser julgadas tóxicas. Um dos princípios mais básicos da toxicologia científica é que “A dose faz o veneno”, fato este sempre ignorado pelos militantes.

Quando se fala em fumaça secundária, muitos anti-tabagistas também irão se referir aos “40 componentes cancerígenos” que ela supostamente possui. Na verdade, apenas 6 delas têm sido de fato classificadas como “cancerígenos humanos reconhecidos”³. A maior parte do restante dos 40 componentes tem mostrado evidências insuficientes para serem taxados de cancerígenos humanos e muitos são comumente encontrados em comidas, café e no ambiente em geral⁴. A explicação dos antitabagistas acerca dos seis cancerígenos humanos é geralmente tão mesquinha que parece ser de natureza imaginativa, e às vezes é muito pior do que as exposições habituais sobre o meio ambiente.

A fumaça secundária consiste na mistura de todas as fumaças que entram no ar em uma sala em que alguém esteja fumando, tanto a fumaça exalada pelo fumante quanto a fumaça advinda da brasa do cigarro. Você já ouviu falar que a fumaça secundária é duas vezes pior do que para o fumante em si? De certa forma isso é verdade: se você aproximar o nariz a um quarto de polegada sobre a brasa do cigarro e dar uma profunda e lenta inalada através de suas narinas você estará pegando uma fumaça mais concentrada e as substâncias químicas estarão duas vezes mais numerosas do que o fumante que está tragando.

Mas no mundo real ninguém faz isso. Mesmo os fumantes mais excessivos certamente cairiam em paroxismos de tosse por culpa de tal inalação concentrada. A fumaça secundária com a qual o não-fumante entra em contato é geralmente uma mistura extremamente diluída de fumaça exalada e fumaça produzida diretamente da brasa do cigarro.

Algo que é normalmente esquecido na correria pelo não-fumante é que o fumante também respira toda a fumaça secundária produzida, e, obtida com maior proximidade da fonte, o fumante inala quantidades e concentrações muito maiores do que os não-fumantes jamais o fizeram! Se as preocupações sobre os perigos da fumaça secundária fossem realmente verdadeiras, faria todo o sentido para um fumante, com um convidado também fumante, insistisse para que este se retirasse para o lado de fora, mesmo que ambos fumassem ao mesmo tempo. De fato, os fumantes desejariam correr para fora por medo de sua própria fumaça secundária!

A composição química exata da fumaça secundária depende estritamente de quantos segundos permanece no ar. Tal como acontece no caso da maioria das combustões de materiais, as substâncias químicas transformam-se e quebram-se muito rapidamente, e alguns elementos tendem a estabelecer-se em direção ao chão ou a depositar-se em paredes ou cortinas. Em busca de argumentos, os antitabagistas dizem que a fumaça secundária é cancerígena: isto é, quando eles dizem que é quimicamente parecida com a fumaça habitual. No entanto, quando eles alegam que é injusto comparar a exposição à fumaça secundária a “equivalentes ao cigarro” (essa forma geralmente produz medidas de exposição muito baixas... às vezes tão baixas quanto seis cigarros por ano, mesmo para os bartenders), eles vão afirmar que é quimicamente muito diferente da fumaça convencional, e não pode ser comparado dessa maneira!

Título original: The Chemistry of Secondhand Smoke

______________________
1. Relatório do Surgeon General, 1989. p. 80.
2. Allen Blackman. Chemistry Magazine, 10/08/01.
3. Relatório do Surgeon General, 1989. pgs. 86-87.
4. Science, 258: 261-265 (1992).

Comentários

Postagens mais visitadas